quarta-feira, 28 de agosto de 2024

A IGREJA ATUAL E A IGREJA IDEAL - Para o Ministério de Jovens

 



A IGREJA ATUAL E A IGREJA IDEAL

Para o Ministério de Jovens

 

Robinson L Araujo[1]

Existe uma missão dada por DEUS a Igreja, onde os mais jovens também fazem parte, não como seu futuro promissor, mas como presente, sendo: fechar as portas do inferno na terra. A afirmação pode ser encontrada em Mateus 16:18, que diz: “Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela[2] e, para isso, precisamos fechar primeiramente as portas do inferno que ora, estão em nosso meio.

Entretanto, você pode perguntar: que possíveis portas seriam essas que carecem ser fechadas com a finalidade de aniquilar a ação do nosso maior inimigo, o diabo?

Cabe salientar que portas são passagens que podem estar abertas ou fechadas. Todavia, portas do inferno podem ser consideradas como brechas, abertas por nós, proporcionando legalidade para entrada do mal e de ações propostas por espíritos do inferno em nosso meio. São atitudes com as quais convivemos, sendo algumas delas descritas pelo Apóstolo Paulo em Gálatas 5:19-21, vejamos:

19. As coisas que a natureza humana produz são bem-conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, 20. a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, 21. as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus[3].

A proposta de Jesus Cristo para a Sua Igreja, é coloca-la assentada em lugares celestiais com Ele, quando nos fala: “Pois Ele nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar com Ele nos domínios celestiais, porque agora estamos em Cristo Jesus[4]”.  (Efésios 2:6) – A Igreja Ideal.

De fato, estamos inseridos em uma luta, que não podemos ver, porém sentimos. Age sobre pressão, tentando nos derrubar e devorar, diferentemente da materialidade a qual nossos olhos terrenos enxergam, chamado de mundo físico, possuidor de carne e sangue, podendo ser destruído e aniquilado com armas aferidas contra o inimigo. Por outro lado, é uma luta no reino invisível, a qual recebe o nome de “reino das trevas”, tendo como inimigo principal Lúcifer, com seus demônios e espíritos destruidores.

De certa forma o Apóstolo Paulo nos chama atenção, advertindo que a nossa luta não é contra a carne ou o sangue, mas contra os principados e potestades, vejamos Efésios 6:10-12 na Bíblia A Mensagem:

Para encerrar, lembro que Deus é forte e quer que vocês sejam fortes. Tomem tudo que o Senhor providenciou para vocês — armas eficazes, feitas com o melhor material. Vocês terão de usá-las se para sobreviver às emboscadas do Diabo. Não se trata de um jogo com amigos no fim de semana, uma diversão esquecida em poucas horas. É um estado de guerra permanente, uma luta de vida ou morte contra o Diabo e seus anjos.

Em contrapartida, esta não é nossa realidade atual, pois hoje somos bem “pés no chão”, estamos cogitando das coisas dos homens, lutando contra as tentações, os pecados e os desejos carnais. A igreja bíblica não ama o mundo, conforme I João 2:15 nos adverte: “Não amem este mundo, nem as coisas que ele oferece, pois, quando amam o mundo, o amor do Pai não está em vocês”4. Nós, porém, estamos completamente envolvidos por ele – A Igreja Atual.

Mas é muito fácil ficar criticando e falar mal da igreja, que gostaria de estar na Igreja Ideal, somando a Igreja Atual. Neste contexto atual, muitos não conseguem enxergar a mínima possibilidade de mudança histórica na igreja e se acomodam, deixando que a vida os leve. Em Lucas 18:8, o Senhor nos adverte: “Eu afirmo que Ele lhes fará justiça, e rápido! Mas, quando o Filho do Homem voltar, quantas pessoas com fé Ele encontrará na terra?"4.

Qual mudança estou propondo a começar na minha vida, como maneira de falar, me portar, fazer para que consiga sair no atual e entrar na ideal? Muitas vezes, achamos que basta se mudar de igreja para se estar a ideal. Enganoso pensar!

Não à toa, o profeta Isaías 22:13, chama-nos atenção:

O Senhor, o Senhor dos Exércitos de Anjos, os convocou naquele dia. Ele chamou vocês para um dia de lágrimas de arrependimento, para se vestirem com roupas de luto. Mas o que vocês fizeram? Uma festa! Comem, bebem e dançam nas ruas! Assam touros e ovelhas e fazem uma grande algazarra, embalados por churrasco à vontade e barris de cerveja. “Aproveitem o dia! Comam e bebam! Amanhã estaremos mortos!” – (Bíblia A Mensagem).

O Apóstolo Paulo faz referência ao texto de Isaías, quando disse: “E, se não haverá ressurreição dos mortos, de que me adiantou ter lutado contra feras, isto é, aquela gente de Éfeso? Se não há ressurreição, "comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!", (I Coríntios 15:32).

Se quisermos uma igreja fria, sem vida e moldada aos prazeres do mundo, onde a porta está aberta e adornada para receber aqueles que se rendem a seus caprichos, basta conformar na estagnação. Mas, existe a possibilidade de se trabalhar para uma Igreja Ideal. Diante disso, Derek Prince[5] falou bem sobre a igreja atual e a ideal:

Existem duas coisas: o atual e o ideal. Ser maduro é ver o ideal e viver com o atual. Fracassar é aceitar o atual e rejeitar o ideal; Aceitar somente o ideal e recusar o atual é imaturidade. Não critique o atual porque viu o ideal; Não rejeite o ideal porque você vê somente o atual. A maturidade é viver com o atual, mas sem perder de vista o ideal.

Como queremos nos portar, maduros ou fracassados? Termino a referida com a citação de Derek Prince:

Será como um pequeno riacho. O riacho se tornará num rio. O rio se tornará num grande rio. O grande rio se tornará num mar. O mar se tornará num oceano poderoso, e será através de ti. Mas a maneira como isso vai acontecer você ainda não deve, não pode e não vai saber[6].

Que tenhamos a coragem de nos lançarmos aos cuidados do Senhor. Buscando em oração uma resposta contra o conformismo que se possa estar.

Faça do seu pequeno rio um grande oceano.



REFERÊNCIAS

Bíblia Almeida Corrigida Fiel. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/ntlh>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

Bíblia Nova Versão Transformadora. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvt>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

NETO, Ezequiel. Acampar, Marchar ou Guerrear. Disponível em: <https://revistaimpacto.com.br/acampar-marchar-ou-guerrear/>. Acesso em: 28 Ago. 2024.

PETERSON, Eugene H. A Mensagem|: Bíblia em Linguagem Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2014.

 

 

 



[1] Pastor Protestante – Redes sociais: @robinsonlaraujo @geracaojovem_img

[2] Bíblia Almeida Corrigida Fiel

[3] Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje

[4] Bíblia Nova Versão Transformadora

[5] Peter Derek Vaughan Prince (Bangalore14 de agosto de 1915 † Jerusalém24 de setembro de 2003) foi um teólogo internacional e pastor

[6] A Vida, Ministério e Legado de Derek Prince. Disponível em: <https://www.derekprince.com/pt-br/about>. Acessado em: 28 Ago. 2024.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A IMPORTÂNCIA DA ALIANÇA DO CASAMENTO DADA POR DEUS E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA RUPTURA

 



Robinson L Araujo[1]

 

Existe algo sagrado no casamento, em uma união entre um homem e uma mulher. Em Gênesis 2:18, encontramos: “E o Eterno disse: não é bom que o homem fique sozinho. Farei alguém que o ajude e faça companhia a ele” – (Bíblia A Mensagem). Já no verso 24, o Senhor ordena: “Portanto, o homem deve deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua esposa. E os dois se tornarão uma só carne” – (Bíblia A Mensagem). Caminhando um pouco mais, o Senhor Jesus adverte em Mateus 19:5-6: “Por causa disso, um homem deixa pai e mãe e une-se à sua esposa, tornando-se uma carne com ela. Não são mais dois, mas apenas um. DEUS criou uma união tão perfeita, que ninguém pode ter a ousadia de profana-la, separando-os” – (Bíblia A Mensagem).

Uma só carne! Quando um homem e uma mulher se unem por meio não somente pela cerimônia matrimônio e aliança inserida no dedo de seu/sua companheiro(a) e sim, pelo sexo que retrata a verdadeira união entre os dois, traz-nos a legítima afirmação que nenhum dois possuem mais direitos separados e independentes. A troca de fluídos, bem como o próprio sangue por minúsculas fissuras provocadas pelo ato sexual, os une a uma aliança dada pelo próprio DEUS. Agora, por se tornarem um, deixa-se o individualismo e passa-se pelo compartilhamento total de seus desejos, bens e vontades. Aristóteles afirmava: “os verdadeiros amigos são dois corpos com uma só mente”, sendo esse sentimento aplicado no ato do SIM.

Deveras, não se pode esquecer que o próprio tema nos remete a uma união espiritual que deve se apoderar entre o homem e a mulher, bem como, a continuidade da espécie, pelo nascimento dos filhos. Assim, John Gill[2], afirmou: “A união entre os dois é tão íntima que é como se fosse uma só pessoa, uma só alma, um só corpo, o que faz contraste com a poligamia, o divórcio ilegítimo, toda espécie de imundícia moral, fornicação e adultério”.

Interessante a afirmação de Jesus Cristo, quando confrontado pela questão do divórcio, “...ninguém pode ter a ousadia de profana-la, separando-os”. Assim, Champlin (2002, p. 479) assevera-nos:

... a necessidade de não ser quebrada essa relação implica e exige a permanência dos cônjuges em sua união. Segundo o ensino deste versículo, DEUS é o criador e preservador da relação do casamento. O matrimônio não é apenas uma instituição social e humana. Assim sendo, as regras que regulamentam o casamento não podem ter base nas ideias e preferências humanas, e nem nas exigências ou conveniências sociais. DEUS tem um propósito especial e espiritual. ... desfazer essa relação, é atrair más consequências, não somente para a sociedade, para a família e para os indivíduos envolvidos, mas também para a alma e para o seu progresso na transformação segundo a imagem de Cristo.

A quebra da aliança construída pelo próprio DEUS no âmbito espiritual, emocional e físico, na vida de um homem e de uma mulher por meio do casamento, quando decidem dizer, comprometendo-se a amar e respeitar na alegria ou na tristeza; na saúde ou na doença; na pobreza ou na riqueza; por todos os dias de suas vidas até que a morte os separe, acaba por causar consequências desastrosas na vida de todos os que estão envolvidos.

Dentre os vários traumas que uma separação provoca na vida dos envolvidos, um que merece toda atenção é a deturpação e traumas na vida dos filhos providos no casamento que ora, se pretende desfazer, como fora possível. Pelo simples fato egoísta e individual, esquece-se que outras pessoas irão colher pela ruptura de uma declaração de fidelidade física, emocional e espiritual afirmando que duraria até que a morte os separasse. Como se afirma: “palavras tem poder”.

Janssen (2012), afirma que o fracasso é inevitável quando ocorre a separação por meio do divórcio. Hoje em dia, porém, muitos indivíduos casados contam com o divórcio como uma saída de emergência. Essa saída, no entanto, deve ser selada. O problema que ocorre, em dias atuais, é que poucas pessoas entendem o real significado de uma aliança.

Sendo assim, faz-se necessário relembrar o significado de aliança para entendimento, deixando-se a desculpa de não conhecimento ou, simplesmente: “não sabia”. Elwell (1993, p. 44), afirma:

Aliança. Um pacto, um contrato entre duas partes, que as obriga mutualmente a assumir compromissos cada um em prol da outra. Teologicamente (usados a respeito dos relacionamentos entre DEUS e o homem) denota um compromisso gracioso da parte de DEUS no sentido de beneficiar e abençoar o homem e, especificamente, aqueles homens que, pela fé, recebem as promessas e se obrigam a cumprir os deveres envolvidos neste compromisso.

Quando há quebra dessa aliança, do contrato firmado no casamento e que, não envolve somente as duas pessoas, aqui se acrescenta o Senhor DEUS como terceira pessoa participante a avalizante da união em virtude do cunho espiritual exercido sobre o casamento. Fato ao encontramos o Apóstolo Paulo advertindo os maridos e as esposas em Efésios 5:22-32, quanto ao cuidado e respeito dentro do casamento, comparando-os a união da Igreja e Jesus Cristo.

Diante dos fatos, percebe-se que um número incontável de pessoas perderam a noção de como deve ser uma relação matrimonial, porque seus pais se divorciaram quando eles ainda estavam crescendo. E pior: essas pessoas não carecem apenas de um exemplo saudável proveniente dos pais, muitas delas alegam que nunca viram de perto um bom casamento.

Ainda Janssen (2012, p. 69) assevera:

Como foram criados por pais divorciados ou em ambientes muito problemáticos, (os adultos com idade entre 20 e 40 anos) não têm a mínima ideia de como escolher o cônjuge, nem sabem o que fazer para construir uma relação. Consideram o divórcio dos pais um terrível fracasso e temem estar destinados a seguir os mesmos passos.

Não diferente do espiritual, a ciência, por meio da psicóloga, pesquisadora e professora universitária Judith Wallerstein[3], elaborou uma pesquisa de 25 anos, onde descobriu que:

Apenas 40% das crianças de divórcio realmente se casam; ela descobriu que os efeitos do divórcio são mais duradouros do que a maioria supõe; A idade da criança no momento do divórcio realmente importa; O maior impacto ocorre durante o período em que a criança do divórcio é um jovem adulto que deseja um relacionamento romântico, mas tem medo do fracasso; também descobriu que a qualidade de vida pós-divórcio é crucial para as crianças.

Assim, observa-se: os homens e mulheres de famílias divorciadas vivem com medo de repetir a história dos pais e não ousam ter esperança de fazer melhor, em virtude da falta de modelo de um casamento saudável durante o crescimento, enfrentando um vazio que os engolem por inteiro, sendo o fracasso inevitável.

O que fazer diante dos problemas e dificuldades enfrentados dentro do relacionamento ao ponto de levar a desistência por meio da separação por divórcio? Antes, tente:

ü  Apresente seu casamento a DEUS, na tratativa de que Ele faça algo para mudar, não o seu parceiro(a), e sim você;

ü  Busque ajuda de uma pessoa que você encontre confiança e que tenha um casamento sólido, para que lhe aconselhe. É possível que eles tenham passado por dificuldade iguais ou semelhantes a sua, podendo orientar;

ü  Olhe para dentro de si, veja o que pode ser mudado, com o desejo de melhorar o seu relacionamento e quem você é;

ü  Não pense que dentro do casamento exista somente felicidade. Uma hora, passamos por estresses corriqueiros, dificuldades, provações. É preciso confiar que são passageiros;

ü  Mantenha uma relação de diálogo aberto com seu cônjuge, informe suas dificuldades e seus desejos;

ü  Não seja orgulho(a) ao ponto de achar que não precisa do outro;

ü  Não tente somente ser feliz, mas procure fazer o seu cônjuge feliz, assim, tem-se a possibilidade de compartilhar da felicidade almejada;

ü  Pense na estrutura psicológica de seus filhos, caso um divórcio seja inevitável, aos seus pensamentos;

ü  Se relacione com a Palavra de DEUS por meio de sua leitura. Somente assim, pode-se compreender as mudanças necessária na vida e atitudes com a intensão de agradar ao Coração de DEUS, bem como, de seu cônjuge;

ü  Caixa de Texto: 01.1517-03.0606-04.0101NÃO DESISTA, tenha CORAGEM para LUTAR, mudar a história que hoje nos parece tão normal e aceitável, entretanto, causador de um mal terrível com consequências incontroláveis.

 

 

 

REFERÊNCIAS

CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado: versículo por versículo: Volume 1: Artigos Introdutórios, Mateus Marcos. São Paulo: Hagnos, 2002.

ELWELL, Walter A. Enciclopédia HISTÓRICO-TEOLÓGICA da Igreja Cristã: Volume 1. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1993.

JOHN GILL. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Gill>. Acessado em: 19 ago. 2024;

JUDITH WALLERSTEIN. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Judith_Wallerstein>. Acessado em: 19 ago. 2024.

PETERSON, Eugene H. A Mensagem|: Bíblia em Linguagem Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2014.

 



[1] Pastor protestante. Redes sociais: @robinsonlaraujo

[2] Escritor cristão no Séc. XVI

[3]  (27 de dezembro de 1921 - 18 de junho de 2012) foi uma psicóloga e pesquisadora que criou um estudo de 25 anos sobre os efeitos do divórcio nas crianças envolvidas.