Robinson L Araujo[1]
Qual é o meu, qual é o seu chamado?
Engana-se aquele que acha que o seu
chamado é pressuposto para uma vida abençoada e livre de complicações e, até
mesmo, de perseguições. Somos chamados para sermos pessoas que vivem à
semelhança de Jesus de Nazaré, nada mais deve importar para nosso gozo.
Antes mesmos de prosseguirmos, é bem
oportuno trazer em nossa memória, o que Paulo afirma aos romanos, em Romanos
12:2, que diz: "Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas
deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a
fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês".
O chamado do cristão não está relacionado
com as paixões que o mundo acaba por oportunizar e oferecer, seduzindo-nos a
uma fé barata, a um evangelho frio e um comportamento que não nos faz
diferentes do mundo. Somos primeiramente chamados de dentro para fora, ou seja,
do mundo, para fora do mundo - prazer e paixões.
Paulo afirma: "Quero conhecer a
Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou. Quero sofrer com Ele,
participando de Sua morte, para de alguma forma, alcançar a ressurreição dos
mortos". (Filipenses 3:10,11).
Você e eu somos chamados para sermos
pessoas à maneira de Jesus. Nada mais importa. Nosso alvo é nos tornarmos como Cristo, ter sempre Sua imagem
diante dos olhos. O discipulado é um apego completo a Jesus Cristo em seu
presente estado de ressurreição: "Mantenhamos o olhar firme em Jesus, o líder e aperfeiçoador
de nossa fé. Por causa da alegria que o esperava, Ele suportou a cruz sem se
importar com a vergonha. Agora Ele está sentado no lugar de honra à direita do
trono de Deus." (Hebreus
12:2).
Devemos permanecer inteiramente focalizados
em Cristo, sem buscar a realização na lei, na afiliação à igreja, na piedade
pessoal, no sucesso ministerial ou no avanço profissional. "Nessa nova vida, não importa se você é
judeu ou gentio, se é circuncidado ou incircuncidado, se é inculto ou
incivilizado, se é escravo ou livre. Cristo é tudo que importa, e Ele vive em
todos." (Colossenses
3:11).
Paulo é modelo de dedicação irredutível
a Jesus. Ele teve a audácia de ostentar: "Pois, “Quem conhece os pensamentos do
Senhor? Quem sabe o suficiente para instruí-lo?”. Mas nós temos a mente de
Cristo." (1 Coríntios
2:16).
A ostentação era validada por sua vida. Desde
o momento da conversão, a mente e o coração de Paulo ocuparam-se de Jesus
Cristo: "Ele
tomará nosso frágil corpo mortal e o transformará num corpo glorioso como o
dEle, usando o mesmo poder com o qual submeterá todas as coisas a seu domínio." (Filipenses 3:21).
Cristo era uma pessoa cuja voz Paulo
podia reconhecer: "Eu
lhes darei todas as provas que desejarem de que Cristo fala por meu intermédio.
Ele não é fraco ao tratar com vocês. Ao contrário, é poderoso entre
vocês". (II Coríntios
13:3).
Que o fortalecia nos momentos de
fraqueza: "mas ele
disse: “Minha graça é tudo de que você precisa. Meu poder opera melhor na
fraqueza”. Portanto, agora fico feliz de me orgulhar de minhas fraquezas, para
que o poder de DEUS opere por meu intermédio". (II Coríntios12:9).
Que o iluminava, mostrava-lhe o
significado das coisas e o consolava: "Ele nos encoraja em todas as nossas
aflições, para que, com o encorajamento que recebemos de Deus, possamos
encorajar outros quando eles passarem por aflições. Pois, quanto mais
sofrimento por Cristo suportarmos, mais encorajamento será derramado sobre nós
por meio de Cristo". (II
Coríntios1:4-5).
Abatido pelas acusações difamatórias de
falsos apóstolos, Paulo admitiu visões e revelações do Senhor Jesus: "É necessário prosseguir com meus motivos
de orgulho. Mesmo que isso não me sirva de nada, vou lhes falar agora das
visões e revelações que recebi do Senhor". (II Coríntios12:1).
A pessoa de Jesus desvendou para ele o mistério
da vida e da morte: "Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da terra. Pois
vocês morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está escondida com
Cristo em Deus. E quando Cristo, que é sua vida, for revelado ao mundo inteiro,
vocês participarão de Sua glória". (Colossenses 3:2-4).
Brennan (2014) acaba por nos advertir:
"Faço questão de lembrar a cada seguidor de Jesus que o discipulado nada
mais é que estar pronto a obedecer a Cristo tão incondicionalmente quanto os
primeiros discípulos. Apenas quem crê é obediente, e apenas quem é obediente
crê. Jamais confunda sucesso ministerial, conhecimento bíblico ou domínio
conceitual cristão com santidade e discipulado autêntico. Eles podem muito bem tratar-se
de corrupções do discipulado se sua vida não estiver escondida com Cristo, em DEUS".
Somos convidados a fazermos parte do
grupo de cristãos "tolos[2]" que Jesus Cristo está levantando
em nossos tempos. As fileiras desse grupo transcendem todas as distinções de
classe entre homens e mulheres, progressistas e conservadores, renovados e
tradicionais, sacerdotes e leigos, jovens e velhos. Todas as diferenças se
dissolvem no amor unificado pelo poder do Espírito Santo que habita em nós:
"Portanto, se a
herança pudesse ser recebida pela obediência à lei, ela não viria pela
aceitação da promessa. No entanto, Deus, em sua bondade, a concedeu a Abraão
como promessa". (Gálatas 3:18). As únicas exigências
para a filiação são uma consciência empírica de Jesus como Senhor e Salvador,
submissão a influência do Espírito Santo e compromisso firme com a missão de edificar
os novos céus e a nova terra.
Se você vive de acordo com a
"disciplina do segrego[3]", ofenderá alguém. É assim que
deve ser. João 15:17-19, nos alerta:
17. Este é Meu mandamento: Amem uns aos
outros.”
18. “Se o mundo os odeia, lembrem-se de
que primeiro odiou a mim.
19. O mundo os amaria se pertencessem a
ele, mas vocês já não fazem parte do mundo. Eu os escolhi para que não mais
pertençam ao mundo, e por isso o mundo os odeia.
Hoje o cristianismo é praticamente
inofensivo, e esse tipo de religião não provoca nenhuma transformação.
REFERÊNCIAS
Bíblia Nova Versão
Transformadora. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvt>.
Acessado em: 12 fev. 2021.
MANNING, Brennan. A
assinatura de Jesus: o chamado a uma vida marcada por paixão santa e fé inabalável.
Traduzido por Maria Emília de Oliveira. 1 ed. São Paulo: Editora Vida, 2014.
[1] Pastor - Redes Sociais: @prrobinsonlaraujo
[2] Cristãos "tolos" - É aquele grupo de pessoas que vivem Cristo e que perturbarão o sistema por serem um sinal de contradição às concessões que muitos "cristãos" têm abraçado.
[3] Disciplina do segredo - É quando a o cristão não precisa de holofotes, bem como, me estar em evidências ' estrelismo' para a propagação do Reino de DEUS.
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