Robinson
L Araujo[1]
INTRODUÇÃO
É certo
que as escolhas que fazemos, refletirão em nosso futuro e, em consequência, em
nossa vida eterna. São nessas horas, que decidiremos em quem confiaremos: ou nas
propostas oferecidas pelos homens ou em confiar que DEUS é nosso porto seguro.
Apresentaremos
o relato vivenciado por quatro jovens, narrados no livro de Daniel, capítulo
um. É muito interessante a forma como eles decidem confiar em DEUS e, a
confiança deles era de tal forma que, chegaram ao ponto de rejeitarem a
proposta oferecida pelos homens.
1. EM OCASIÕES DE CAOS, AS PROPOSTAS SÃO
TENTADORAS
É fato
que, quando o caos é instalado, geralmente aparecem às melhores propostas e
acabam colocando em xeque a nossa confiança em DEUS e nos entregamos às
propostas oferecidas. Vejamos o que Daniel 1,nos descreve:
1-4. Era
o terceiro ano do reinado de Jeoaquim em Judá quando o rei Nabucodonosor da
Babilônia declarou guerra a Jerusalém e sitiou a cidade. O Senhor entregou o
rei Jeoaquim de Judá nas mãos dele, com alguns utensílios do templo de Deus.
Nabucodonosor levou o rei e os utensílios para a casa do tesouro do seu deus,
na terra da Babilônia, a antiga Sinear.
3-5. O
rei ordenou a Aspenaz, chefe de pessoal do palácio, que escolhesse alguns
israelitas da família real e da nobreza, jovens que fossem saudáveis e de boa
aparência, inteligentes e de boa formação, de potencial para cargos de liderança
no governo — gente de elite! — e lhes ensinasse a língua e a cultura da
Babilônia. O rei ordenou, também, que servissem a eles o mesmo cardápio do rei
— comiam do bom e do melhor e o mais fino vinho. Depois de três anos de
treinamento, assumiriam cargos na corte do rei.
Pode-se
perceber que em um tempo de guerra e, geralmente a guerra acaba por levar a
destruição e aprisionamento, principalmente naquela época por, muitos serem mortos.
Porém, houve uma ordem do rei da Babilônia que separassem os jovens de boa
aparência e inteligentes, que possuíam formação e com potencial para exercer
cargo de liderança e os submetessem ao melhor do que era servido na casa do rei,
bem como, de sua bebida.
Em alusão
aos caos, quando se está para baixo, acabam por surgir propostas que aos olhos
humanos parece ser as melhores, mas nem sempre é o que DEUS quer. Esquece-se de
confiar no que DEUS pode fazer e acaba por se aceitar como sendo o melhor.
Geralmente para nós, o melhor é o que agrada as nossas vontades próprias e
fazem bem aos nossos olhos.
Não
se pode esquecer que, em determinadas ocasiões em nossa vida, por mais difíceis
possam parecer, elas são permissivas pelo Senhor. O verso 2, afirma: "O
Senhor entregou o rei Jeoaquim de Judá nas mãos de Nabucodonosor.
2. AS MUDANÇAS TENTAM NOS AFASTAR E ESQUECER
DEUS
Com a
captura do povo vencido pela guerra, quatro jovens, dentre outros, foram
escolhidos conforme a ordem do rei de Babilônia. Jovens de boa aparência e com
um futuro promissor.
Vejamos
a providência que foi tomada:
6-7.
Quatro homens de Judá — Daniel, Hananias, Misael e Azarias — estavam entre os
escolhidos. O chefe de pessoal do palácio deu a eles nomes babilônicos: Daniel
passou a chamar-se Beltessazar, Hananias foi chamado Sadraque, Misael foi
chamado Mesaque e Azarias foi chamado Abede-Nego.
Champlin
(2001. p. 3374), acaba definindo o motivo porque o nome daqueles jovens fora
mudado, vejamos:
Notemos
como os nomes anteriores ligavam essas figuras ao yahwismo: Hananias significava "Yah tem sido gracioso";
Misael significa "Quem é o que El é?"; Azarias significa "Yah
tem ajudado"; Daniel significa "El tem julgado". Cada um desses
nomes incorpora um nome hebraico para DEUS. Em sentido contrário, há esforços
para fazer com que os nomes novos correspondam à divindade babilônica. Os massoretas
sugeriam que Bel podia ser visto no
nome Beltessazar. Abede-Nego parece
significar o mesmo que Abdi-nabu, "servo de Nebo". Mesaque podia
significar "estou desprezado (humilhado) (na presença do meu deus)". Nada
semelhante tem sido demonstrado no caso do nome Sadraque. Mas talvez a última
sílaba, aque, esteja associada ao
nome Sadraque ou Merodaque. No entanto,
outros vêem aqui uma alusão a rak, que
no acádico significa rei, e pelo qual
devemos entender "sol" ou "deus-sol". Mas outros preferem
sugerir saduraku, que significa
"temo (o deus)".
Por vezes,
não se é obrigado a mudar o nome, mas por sua vez, se é levado a mudar a essência
do que se tem dentro do coração, acabando-se por rejeitar a confiança em DEUS,
passando-se a confiar no que foi oferecido, com medo de perder as
oportunidades.
3. A ESCOLHA É PESSOAL
Deve-se
ter em mente que, podemos ser escolhidos e levados a estar em locais
aparentemente "contaminados" pelas iguarias reais, como por exemplo,
a corrupção. Agora, a decisão em não se corromper é pessoal. Veja o que Daniel
decidiu:
8-10. Mas
Daniel decidiu que não iria ficar impuro com a comida do rei nem beber o vinho
dele, por isso pediu ao chefe de pessoal do palácio que o autorizasse a não
comer do cardápio do rei. Pela graça de DEUS, o chefe de pessoal do palácio
gostou de Daniel e autorizou, mas o advertiu: “Tenho medo do que meu senhor, o
rei, possa fazer. Foi ele quem determinou esse cardápio e, se perceber que
vocês não estão tão saudáveis como os outros, vai pedir minha cabeça”.
11-13. E,
então, Daniel apelou ao responsável, que havia sido designado pelo chefe de
pessoal do palácio para cuidar dele, de Hananias, Misael e Azarias: “Faça uma
experiência conosco por dez dias: traga apenas vegetais e água. Depois nos
compare com os jovens que se alimentam do cardápio do rei e tome sua decisão”.
É necessário
que se faça escolhas. Escolhas que nos levem a dependência do Senhor. Por
vezes, somos escolhidos por Ele para que estejamos em lugares e façamos a diferença.
Daniel e seus amigos foram colocados por DEUS no palácio real, mas exerciam uma
confiança tamanha que, mesmo diante dos manjares, decidiram não se
contaminarem, pois sabiam que, em sua concepção, não agradariam a Yahweh.
Quando
tomamos decisão pautada em DEUS, Ele responde e nos dá graça diante daqueles
que estão ao nosso redor. Eles experimentaram a confiança em DEUS e foram
aprovados pelo responsável em cuidar deles, veja:
14-16.
O responsável por eles concordou e os alimentou com vegetais e água durante dez
dias. Ao final dos dez dias, eles tinham aparência melhor e pareciam mais
saudáveis que todos os outros. Assim, o responsável continuou a dispensá-los da
comida e da bebida do cardápio do rei e servia-lhes apenas vegetais.
4. DEUS GARANTE SUA FIDELIDADE PARA
AQUELES QUE NELE CONFIAM
Quando
se confia na fidelidade de DEUS, Ele responde e garante vitórias em nossa vida,
carreira, situações e escolhas. Veja o que aconteceu com aqueles jovens:
17-19. DEUS
deu a esses quatro jovens conhecimento e habilidades em todas as áreas, tanto
teórica quanto prática. Além disso, Daniel tinha o dom de interpretar todo o
tipo de visões e sonhos. Ao final do tempo determinado pelo rei para o
treinamento, o chefe de pessoal do palácio os levou para a presença de
Nabucodonosor. Quando os entrevistou, o rei os achou muito melhores que todos
os outros. Ninguém estava tão bem quanto Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
19-20. E,
assim, eles assumiram suas responsabilidades na corte do rei. Sempre que o rei
os consultava sobre qualquer assunto, teórico ou prático, eles se mostravam dez
vezes melhores que todos os magos e encantadores do reino juntos.
21. Daniel
continuou no serviço do rei até o primeiro ano do reinado do rei Ciro.
Não somente
o que sabiam e já tinham de conhecimento mas, DEUS garantiu muito mais a eles,
mais do que imaginavam. Em terra estranha, como "prisioneiros", eles
foram agraciados por confiarem no Senhor e não aceitarem aquilo que agradariam
a seus desejos e vontades, o que agradava ao olhar e paladar.
Eles
não foram os melhores. Eles eram dez vezes melhores do que todos os magos e
encantadores do reino.
CONCLUINDO
Onde
DEUS tem dado a oportunidade de se estar? Temos feito nossas escolhas segundo o
coração de DEUS ou nossas vontades carnais e humanas.
É preciso,
independente de onde se esteja não se contaminar com o que se é oferecido e não
agrada a DEUS. Onde se coloca a os princípios e valores em xeque pois, estes não podem
ser negociados.
Que o
Senhor nos dê forças necessárias para que se resista. Viva em vida plena!
BIBLIOGRAFIA
CHAMPLIN, Russell Norman. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO
POR VERSÍCULO. Vol. 5. 2ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2001.
PETERSON, Heugene H. Bíblia A MENSAGEM em Linguagem
Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2011.
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