Robinson
L Araujo[1]
Existe um refrão de
uma música que diz: "É preciso amar as pessoas Como se não houvesse amanhã[2]".
Como amar uma pessoa intensamente como se o amanhã não viesse? A palavra de
DEUS em João 13:34-35 nos afirma: "Deixem-me dar a vocês um novo
mandamento: amem uns aos outros. Assim como amei vocês, amem uns aos outros.
Dessa maneira todos irão reconhecer que vocês são meus discípulos, quando eles
virem o amor que vocês têm uns pelos outros".
Realmente
é uma passagem intrigante, amar alguém da mesma forma que DEUS me ama.
Geralmente vemos as pessoas em patamares superiores, apáticas e outros
adjetivos... Já sei: e se ela me decepcionou, magoou e praticou infinitas ações
negativas direcionadas a mim ou a outras pessoas, ainda assim, preciso amá-la?
É, contrária a nossa natureza, é preciso afirmar que a resposta é sim. Amá-la
da mesma forma como o Senhor nos amou e ama.
Fiquei
pensando, como amar da maneira que lemos, pois escrever é fácil. Qual o exemplo
a buscar que seja palpável e esteja próximo de nós já que, DEUS está lá nas
alturas, e cá pra nós: Ele é DEUS e age diferente de nós!
Busquei
na Sua palavra e pude encontrar um modo de vida verdadeiramente cristã. Embora
sejamos confrontados com uma moral tão sublime exigente que parece totalmente
impossível, não ficamos impressionados com o estilo de vida que Cristo nos
apresentou. Ele nos apresenta que o padrão de estilo de vida cristã e o amor
que devemos ter com o nosso semelhante é o amor Ágape, apresentado em João 15:13, que afirma: "Deem a sua vida
pelos amigos. Vocês mostram que são meus amigos quando fazem o que mando".
Mas, como desenvolver esse amor humanamente?
Acredito
que a resposta possa estar em Mateus 18:4 e Marcos 10:14b-15, um exemplo que
Jesus nos mostra claramente: Sermos como crianças. "Quem se tornar simples
de novo, como esta criança, será o maior no Reino de DEUS" e "O Reino
de DEUS é feito de pessoas que são como crianças. Prestem atenção: se vocês não
aceitarem o Reino de DEUS com a simplicidade de uma criança, nunca entrarão
nele".
Sermos
como uma criança! Essa é a resposta e o exemplo que devemos seguir. Podemos
comparar ao amor de Jesus Kenosis,
total auto-esvaziamento. É muito simples de ser entendido: uma criança pode até
mesmo brigar com seu coleguinha, ser repreendido por seu pai e outro adulto,
mas logo é esquecido e ele não guardará ódio e nem rancor, estará brincando e
dando atenção. Diferente de nós adultos.
Confesso
que é preciso certo tempo para assimilar tudo aquilo que é exigido de nós, como
por exemplo, o texto de Mateus 5:38-42, que nos diz:
"Este é outro ditado antigo que merece
nossa atenção: 'Olho por olho, dente por dente'. Pergunto se isso nos leva a
algum lugar. Aqui esta o que proponho: não revide de jeito nenhum. Se alguém
bater no seu rosto, ofereça-lhe o outro lado. Se alguém o levar ao tribunal e
exigir sua camisa, embrulhe para presente seu melhor casaco e entregue-o a ele.
Se alguém se aproveitar de você para levar vantagem injustamente, aproveite a
ocasião para praticar a vida de servo. Nada de pagar na mesma moeda. Viva
generosamente".
Somente
quando nos tornamos como criança, podemos viver o exemplo que Cristo nos
propõe! Ainda Michel Quoist[3]
diz: "Estamos contentes com nossa vidinha decente. Estamos contentes com
nossos bons hábitos: nós os tomamos por virtudes. Estamos contentes com nossos
pequenos esforços: nós o tomamos por progresso. Estamos orgulhosos com nossas
atividades: elas nos fazem pensar que estamos nos doando. Estamos
impressionados com nossa influência: imaginamos que ela transformará vidas.
Estamos orgulhosos do que damos, entretanto ocultamos o que retemos. Podemos
até mesmo estar confundindo um conjunto de egoísmos coincidentes com a
verdadeira amizade".
Muitas
vezes a Palavra de DEUS nos diz coisas que verdadeiramente não queremos ouvir.
Mas, é preciso nos esvaziarmos de nosso eu, orgulho e vontades próprias para
que possamos nos tornar como crianças e viver como o Senhor quer que vivamos:
um evangelho sem mentiras.
Sendo
como criança, tenho a possibilidade de viver o que Pedro perguntou a Jesus em
Mateus 18:21 "Neste instante, Pedro teve a coragem de perguntar: Mestre,
quantas vezes tenho que perdoar o irmão que me prejudica? Sete?". Jesus de
imediato lhe responde no versículo 22: "...Sete é pouco. Tente setenta
vezes sete". Talvez para se esquivar de se tornar como crianças, Pedro fez
essa pergunta. Pergunta essa que nos fazemos dia-após-dia. Somente sendo como
criança, podemos chegar a esse coeficiente colocado por Jesus.
A
estrutura da igreja, que somos nós, deve revelar a marca do amor de Jesus
Cristo por meio e através de nossa vida. Se ignorarmos poderemos nos tornar
pouco confiáveis e convincentes para a pregação do evangelho do Reino.
Tenho
aprendido a amar como Cristo amou. Confesso: não é fácil, mas chego a conclusão
que não é impossível, basta queremos. Mas e se alguém que me ofendeu não fizer
o mesmo que tenho tentado fazer? A resposta é: não é problema seu. Faça
simplesmente o que o Senhor quer e o mais, Ele mesmo fará.
Que
possamos refletir sobre o assunto e pedir que o Senhor nos perdoe e nos ensine
a amar as pessoas na intensidade que Ele nos ama. Só assim teremos coragem para
executar.
BIBLIOGRAFIA
Disponível em: <
http://slideplayer.com.br/slide/374734/>.
Acessado em: 02 mar. 2018.
PETERSON, Heugene H. Bíblia A MENSAGEM em Linguagem
Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2011.
[1] Pastor; Teólogo; Pós-graduado em:
Terapia Familiar; Aconselhamento e Psicologia Pastoral; Liderança e
Administração Eclesiástica. Mestre em Teologia (livre). E-mail: robinson,luis@bol.com.br
[2] Pais e Filhos - Legião Urbana
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