quarta-feira, 28 de agosto de 2024

A IGREJA ATUAL E A IGREJA IDEAL - Para o Ministério de Jovens

 



A IGREJA ATUAL E A IGREJA IDEAL

Para o Ministério de Jovens

 

Robinson L Araujo[1]

Existe uma missão dada por DEUS a Igreja, onde os mais jovens também fazem parte, não como seu futuro promissor, mas como presente, sendo: fechar as portas do inferno na terra. A afirmação pode ser encontrada em Mateus 16:18, que diz: “Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela[2] e, para isso, precisamos fechar primeiramente as portas do inferno que ora, estão em nosso meio.

Entretanto, você pode perguntar: que possíveis portas seriam essas que carecem ser fechadas com a finalidade de aniquilar a ação do nosso maior inimigo, o diabo?

Cabe salientar que portas são passagens que podem estar abertas ou fechadas. Todavia, portas do inferno podem ser consideradas como brechas, abertas por nós, proporcionando legalidade para entrada do mal e de ações propostas por espíritos do inferno em nosso meio. São atitudes com as quais convivemos, sendo algumas delas descritas pelo Apóstolo Paulo em Gálatas 5:19-21, vejamos:

19. As coisas que a natureza humana produz são bem-conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, 20. a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, 21. as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus[3].

A proposta de Jesus Cristo para a Sua Igreja, é coloca-la assentada em lugares celestiais com Ele, quando nos fala: “Pois Ele nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar com Ele nos domínios celestiais, porque agora estamos em Cristo Jesus[4]”.  (Efésios 2:6) – A Igreja Ideal.

De fato, estamos inseridos em uma luta, que não podemos ver, porém sentimos. Age sobre pressão, tentando nos derrubar e devorar, diferentemente da materialidade a qual nossos olhos terrenos enxergam, chamado de mundo físico, possuidor de carne e sangue, podendo ser destruído e aniquilado com armas aferidas contra o inimigo. Por outro lado, é uma luta no reino invisível, a qual recebe o nome de “reino das trevas”, tendo como inimigo principal Lúcifer, com seus demônios e espíritos destruidores.

De certa forma o Apóstolo Paulo nos chama atenção, advertindo que a nossa luta não é contra a carne ou o sangue, mas contra os principados e potestades, vejamos Efésios 6:10-12 na Bíblia A Mensagem:

Para encerrar, lembro que Deus é forte e quer que vocês sejam fortes. Tomem tudo que o Senhor providenciou para vocês — armas eficazes, feitas com o melhor material. Vocês terão de usá-las se para sobreviver às emboscadas do Diabo. Não se trata de um jogo com amigos no fim de semana, uma diversão esquecida em poucas horas. É um estado de guerra permanente, uma luta de vida ou morte contra o Diabo e seus anjos.

Em contrapartida, esta não é nossa realidade atual, pois hoje somos bem “pés no chão”, estamos cogitando das coisas dos homens, lutando contra as tentações, os pecados e os desejos carnais. A igreja bíblica não ama o mundo, conforme I João 2:15 nos adverte: “Não amem este mundo, nem as coisas que ele oferece, pois, quando amam o mundo, o amor do Pai não está em vocês”4. Nós, porém, estamos completamente envolvidos por ele – A Igreja Atual.

Mas é muito fácil ficar criticando e falar mal da igreja, que gostaria de estar na Igreja Ideal, somando a Igreja Atual. Neste contexto atual, muitos não conseguem enxergar a mínima possibilidade de mudança histórica na igreja e se acomodam, deixando que a vida os leve. Em Lucas 18:8, o Senhor nos adverte: “Eu afirmo que Ele lhes fará justiça, e rápido! Mas, quando o Filho do Homem voltar, quantas pessoas com fé Ele encontrará na terra?"4.

Qual mudança estou propondo a começar na minha vida, como maneira de falar, me portar, fazer para que consiga sair no atual e entrar na ideal? Muitas vezes, achamos que basta se mudar de igreja para se estar a ideal. Enganoso pensar!

Não à toa, o profeta Isaías 22:13, chama-nos atenção:

O Senhor, o Senhor dos Exércitos de Anjos, os convocou naquele dia. Ele chamou vocês para um dia de lágrimas de arrependimento, para se vestirem com roupas de luto. Mas o que vocês fizeram? Uma festa! Comem, bebem e dançam nas ruas! Assam touros e ovelhas e fazem uma grande algazarra, embalados por churrasco à vontade e barris de cerveja. “Aproveitem o dia! Comam e bebam! Amanhã estaremos mortos!” – (Bíblia A Mensagem).

O Apóstolo Paulo faz referência ao texto de Isaías, quando disse: “E, se não haverá ressurreição dos mortos, de que me adiantou ter lutado contra feras, isto é, aquela gente de Éfeso? Se não há ressurreição, "comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!", (I Coríntios 15:32).

Se quisermos uma igreja fria, sem vida e moldada aos prazeres do mundo, onde a porta está aberta e adornada para receber aqueles que se rendem a seus caprichos, basta conformar na estagnação. Mas, existe a possibilidade de se trabalhar para uma Igreja Ideal. Diante disso, Derek Prince[5] falou bem sobre a igreja atual e a ideal:

Existem duas coisas: o atual e o ideal. Ser maduro é ver o ideal e viver com o atual. Fracassar é aceitar o atual e rejeitar o ideal; Aceitar somente o ideal e recusar o atual é imaturidade. Não critique o atual porque viu o ideal; Não rejeite o ideal porque você vê somente o atual. A maturidade é viver com o atual, mas sem perder de vista o ideal.

Como queremos nos portar, maduros ou fracassados? Termino a referida com a citação de Derek Prince:

Será como um pequeno riacho. O riacho se tornará num rio. O rio se tornará num grande rio. O grande rio se tornará num mar. O mar se tornará num oceano poderoso, e será através de ti. Mas a maneira como isso vai acontecer você ainda não deve, não pode e não vai saber[6].

Que tenhamos a coragem de nos lançarmos aos cuidados do Senhor. Buscando em oração uma resposta contra o conformismo que se possa estar.

Faça do seu pequeno rio um grande oceano.



REFERÊNCIAS

Bíblia Almeida Corrigida Fiel. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/ntlh>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

Bíblia Nova Versão Transformadora. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvt>.  Acesso em: 28 Ago. 2024.

NETO, Ezequiel. Acampar, Marchar ou Guerrear. Disponível em: <https://revistaimpacto.com.br/acampar-marchar-ou-guerrear/>. Acesso em: 28 Ago. 2024.

PETERSON, Eugene H. A Mensagem|: Bíblia em Linguagem Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2014.

 

 

 



[1] Pastor Protestante – Redes sociais: @robinsonlaraujo @geracaojovem_img

[2] Bíblia Almeida Corrigida Fiel

[3] Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje

[4] Bíblia Nova Versão Transformadora

[5] Peter Derek Vaughan Prince (Bangalore14 de agosto de 1915 † Jerusalém24 de setembro de 2003) foi um teólogo internacional e pastor

[6] A Vida, Ministério e Legado de Derek Prince. Disponível em: <https://www.derekprince.com/pt-br/about>. Acessado em: 28 Ago. 2024.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A IMPORTÂNCIA DA ALIANÇA DO CASAMENTO DADA POR DEUS E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA RUPTURA

 



Robinson L Araujo[1]

 

Existe algo sagrado no casamento, em uma união entre um homem e uma mulher. Em Gênesis 2:18, encontramos: “E o Eterno disse: não é bom que o homem fique sozinho. Farei alguém que o ajude e faça companhia a ele” – (Bíblia A Mensagem). Já no verso 24, o Senhor ordena: “Portanto, o homem deve deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua esposa. E os dois se tornarão uma só carne” – (Bíblia A Mensagem). Caminhando um pouco mais, o Senhor Jesus adverte em Mateus 19:5-6: “Por causa disso, um homem deixa pai e mãe e une-se à sua esposa, tornando-se uma carne com ela. Não são mais dois, mas apenas um. DEUS criou uma união tão perfeita, que ninguém pode ter a ousadia de profana-la, separando-os” – (Bíblia A Mensagem).

Uma só carne! Quando um homem e uma mulher se unem por meio não somente pela cerimônia matrimônio e aliança inserida no dedo de seu/sua companheiro(a) e sim, pelo sexo que retrata a verdadeira união entre os dois, traz-nos a legítima afirmação que nenhum dois possuem mais direitos separados e independentes. A troca de fluídos, bem como o próprio sangue por minúsculas fissuras provocadas pelo ato sexual, os une a uma aliança dada pelo próprio DEUS. Agora, por se tornarem um, deixa-se o individualismo e passa-se pelo compartilhamento total de seus desejos, bens e vontades. Aristóteles afirmava: “os verdadeiros amigos são dois corpos com uma só mente”, sendo esse sentimento aplicado no ato do SIM.

Deveras, não se pode esquecer que o próprio tema nos remete a uma união espiritual que deve se apoderar entre o homem e a mulher, bem como, a continuidade da espécie, pelo nascimento dos filhos. Assim, John Gill[2], afirmou: “A união entre os dois é tão íntima que é como se fosse uma só pessoa, uma só alma, um só corpo, o que faz contraste com a poligamia, o divórcio ilegítimo, toda espécie de imundícia moral, fornicação e adultério”.

Interessante a afirmação de Jesus Cristo, quando confrontado pela questão do divórcio, “...ninguém pode ter a ousadia de profana-la, separando-os”. Assim, Champlin (2002, p. 479) assevera-nos:

... a necessidade de não ser quebrada essa relação implica e exige a permanência dos cônjuges em sua união. Segundo o ensino deste versículo, DEUS é o criador e preservador da relação do casamento. O matrimônio não é apenas uma instituição social e humana. Assim sendo, as regras que regulamentam o casamento não podem ter base nas ideias e preferências humanas, e nem nas exigências ou conveniências sociais. DEUS tem um propósito especial e espiritual. ... desfazer essa relação, é atrair más consequências, não somente para a sociedade, para a família e para os indivíduos envolvidos, mas também para a alma e para o seu progresso na transformação segundo a imagem de Cristo.

A quebra da aliança construída pelo próprio DEUS no âmbito espiritual, emocional e físico, na vida de um homem e de uma mulher por meio do casamento, quando decidem dizer, comprometendo-se a amar e respeitar na alegria ou na tristeza; na saúde ou na doença; na pobreza ou na riqueza; por todos os dias de suas vidas até que a morte os separe, acaba por causar consequências desastrosas na vida de todos os que estão envolvidos.

Dentre os vários traumas que uma separação provoca na vida dos envolvidos, um que merece toda atenção é a deturpação e traumas na vida dos filhos providos no casamento que ora, se pretende desfazer, como fora possível. Pelo simples fato egoísta e individual, esquece-se que outras pessoas irão colher pela ruptura de uma declaração de fidelidade física, emocional e espiritual afirmando que duraria até que a morte os separasse. Como se afirma: “palavras tem poder”.

Janssen (2012), afirma que o fracasso é inevitável quando ocorre a separação por meio do divórcio. Hoje em dia, porém, muitos indivíduos casados contam com o divórcio como uma saída de emergência. Essa saída, no entanto, deve ser selada. O problema que ocorre, em dias atuais, é que poucas pessoas entendem o real significado de uma aliança.

Sendo assim, faz-se necessário relembrar o significado de aliança para entendimento, deixando-se a desculpa de não conhecimento ou, simplesmente: “não sabia”. Elwell (1993, p. 44), afirma:

Aliança. Um pacto, um contrato entre duas partes, que as obriga mutualmente a assumir compromissos cada um em prol da outra. Teologicamente (usados a respeito dos relacionamentos entre DEUS e o homem) denota um compromisso gracioso da parte de DEUS no sentido de beneficiar e abençoar o homem e, especificamente, aqueles homens que, pela fé, recebem as promessas e se obrigam a cumprir os deveres envolvidos neste compromisso.

Quando há quebra dessa aliança, do contrato firmado no casamento e que, não envolve somente as duas pessoas, aqui se acrescenta o Senhor DEUS como terceira pessoa participante a avalizante da união em virtude do cunho espiritual exercido sobre o casamento. Fato ao encontramos o Apóstolo Paulo advertindo os maridos e as esposas em Efésios 5:22-32, quanto ao cuidado e respeito dentro do casamento, comparando-os a união da Igreja e Jesus Cristo.

Diante dos fatos, percebe-se que um número incontável de pessoas perderam a noção de como deve ser uma relação matrimonial, porque seus pais se divorciaram quando eles ainda estavam crescendo. E pior: essas pessoas não carecem apenas de um exemplo saudável proveniente dos pais, muitas delas alegam que nunca viram de perto um bom casamento.

Ainda Janssen (2012, p. 69) assevera:

Como foram criados por pais divorciados ou em ambientes muito problemáticos, (os adultos com idade entre 20 e 40 anos) não têm a mínima ideia de como escolher o cônjuge, nem sabem o que fazer para construir uma relação. Consideram o divórcio dos pais um terrível fracasso e temem estar destinados a seguir os mesmos passos.

Não diferente do espiritual, a ciência, por meio da psicóloga, pesquisadora e professora universitária Judith Wallerstein[3], elaborou uma pesquisa de 25 anos, onde descobriu que:

Apenas 40% das crianças de divórcio realmente se casam; ela descobriu que os efeitos do divórcio são mais duradouros do que a maioria supõe; A idade da criança no momento do divórcio realmente importa; O maior impacto ocorre durante o período em que a criança do divórcio é um jovem adulto que deseja um relacionamento romântico, mas tem medo do fracasso; também descobriu que a qualidade de vida pós-divórcio é crucial para as crianças.

Assim, observa-se: os homens e mulheres de famílias divorciadas vivem com medo de repetir a história dos pais e não ousam ter esperança de fazer melhor, em virtude da falta de modelo de um casamento saudável durante o crescimento, enfrentando um vazio que os engolem por inteiro, sendo o fracasso inevitável.

O que fazer diante dos problemas e dificuldades enfrentados dentro do relacionamento ao ponto de levar a desistência por meio da separação por divórcio? Antes, tente:

ü  Apresente seu casamento a DEUS, na tratativa de que Ele faça algo para mudar, não o seu parceiro(a), e sim você;

ü  Busque ajuda de uma pessoa que você encontre confiança e que tenha um casamento sólido, para que lhe aconselhe. É possível que eles tenham passado por dificuldade iguais ou semelhantes a sua, podendo orientar;

ü  Olhe para dentro de si, veja o que pode ser mudado, com o desejo de melhorar o seu relacionamento e quem você é;

ü  Não pense que dentro do casamento exista somente felicidade. Uma hora, passamos por estresses corriqueiros, dificuldades, provações. É preciso confiar que são passageiros;

ü  Mantenha uma relação de diálogo aberto com seu cônjuge, informe suas dificuldades e seus desejos;

ü  Não seja orgulho(a) ao ponto de achar que não precisa do outro;

ü  Não tente somente ser feliz, mas procure fazer o seu cônjuge feliz, assim, tem-se a possibilidade de compartilhar da felicidade almejada;

ü  Pense na estrutura psicológica de seus filhos, caso um divórcio seja inevitável, aos seus pensamentos;

ü  Se relacione com a Palavra de DEUS por meio de sua leitura. Somente assim, pode-se compreender as mudanças necessária na vida e atitudes com a intensão de agradar ao Coração de DEUS, bem como, de seu cônjuge;

ü  Caixa de Texto: 01.1517-03.0606-04.0101NÃO DESISTA, tenha CORAGEM para LUTAR, mudar a história que hoje nos parece tão normal e aceitável, entretanto, causador de um mal terrível com consequências incontroláveis.

 

 

 

REFERÊNCIAS

CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado: versículo por versículo: Volume 1: Artigos Introdutórios, Mateus Marcos. São Paulo: Hagnos, 2002.

ELWELL, Walter A. Enciclopédia HISTÓRICO-TEOLÓGICA da Igreja Cristã: Volume 1. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1993.

JOHN GILL. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Gill>. Acessado em: 19 ago. 2024;

JUDITH WALLERSTEIN. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Judith_Wallerstein>. Acessado em: 19 ago. 2024.

PETERSON, Eugene H. A Mensagem|: Bíblia em Linguagem Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2014.

 



[1] Pastor protestante. Redes sociais: @robinsonlaraujo

[2] Escritor cristão no Séc. XVI

[3]  (27 de dezembro de 1921 - 18 de junho de 2012) foi uma psicóloga e pesquisadora que criou um estudo de 25 anos sobre os efeitos do divórcio nas crianças envolvidas.


quinta-feira, 18 de julho de 2024

ORAR NO SECRETO

 



Robinson L Araujo[1]

 

Por vezes, somos levados na busca do secreto para orarmos. Muitos tentam mistificar a forma simplória de levarmos nossos pensamentos a DEUS.

Não se pode deixar de observar o que Provérbios 15:8 nos assevera: “O Eterno não suporta quem faz pose de piedoso, mas tem prazer nas orações genuínas” (A Mensagem).

A oração é a forma espiritual de um filho de DEUS falar com DEUS Pai na linguagem do céu. Podendo orar em secreto ou em público, sendo que as orações secretas ou privadas são sempre mais livres e abertas, pois por meio delas, pode-se ter uma maior intimidade com DEUS.

Mateus 6:5-8, o Senhor Jesus Cristo diz:

5. “E, quando forem à presença de DEUS, também não façam disso uma produção teatral. Essa gente que faz da oração um show está buscando o estrelato! Vocês acham que DEUS está no camarote, apreciando o espetáculo? 6. “É assim que eu quero que vocês façam: encontrem um local tranquilo e isolado, de modo que não sejam tentados a interpretar diante de DEUS. Apenas fiquem lá, tão simples e honestamente quanto conseguirem. Desse modo, o centro da atenção será DEUS, não vocês, e vocês começarão a perceber sua graça. 7. “O mundo está cheio de pessoas que se julgam guerreiros de oração, mas que nem sabem o que é orar. Utilizam-se de fórmulas, programas, conselhos e técnicas de vendas para conseguir o que querem de DEUS. Não façam essa asneira. 8. Vocês estão diante do Pai! E Ele sabe de que estão precisando, melhor que vocês mesmos. Com um DEUS assim, que os ama tanto, vocês podem orar de maneira muito simples. (A Mensagem).

O verso sexto, na linguagem Nova Versão Transformadora, afirma: “Mas quando orarem, cada um vá para seu quarto, feche a porta e ore...”.

Depois do Senhor Jesus Cristo ser tentado pelo diabo, apresentar as bens aventuranças e alguns requisitos para a vida eterna, Seus discípulos o instigaram a ensiná-los a orar. Um pedido extraordinário!

Como Mestre, Ele apresentou o modelo a ser seguido, mostrando o que o ‘secreto’ não é, bem como, o que não se deve ser feito. Vejamos:

ü  Não pode ser uma produção teatral, ou seja, um teatro onde encena-se algo que não é real;

ü  Não busque o estrelato, ou seja, o reconhecimento por ser alguém de ‘oração’, por ser o ator principal de um show;

ü  Não é uma fórmula mágica, um programa ou até mesmo, um conselho a ser seguido.

Depois Ele termina dizendo: “não façam essa asneira”, ou seja, essa bobagem. Entretanto procedam da seguinte forma:

Tenham um lugar íntimo e privado. Estar em um lugar privado não é, necessariamente estar em um monte ou dentro das paredes de um templo. É o meu lugar de intimidade, lugar onde me afasto das coisas que tiram minha atenção para que se tenha a liberdade de derramar-me diante de DEUS, sem que ninguém possa ver e “espiritualizar” meu momento de intimidade com meu Pai celestial. É onde o centro da atenção está voltado em DEUS.

Paranaguá (2021) afirma que a oração em um lugar secreto é um dos segredos da vida privativa de oração. Isso se dá, mesmo sendo DEUS Onipresente, devido sermos distraídos. O lugar secreto é onde eu consigo aquietar a minha alma, conforme Salmos 46:10a - "Aquietem-se e saibam que eu sou Deus!.

Para que encontre meu lugar secreto, faz-se necessário:

Ø  Ter um lugar íntimo e privado;

Ø  Ter um lugar em sua agenda para que você de fato se compromisse em orar;

Ø  Tenha um papel, um caderno, onde possa anotar seus pedidos com a finalidade de não ficar disperso;

Ø  Procure ficar taciturno, ou seja, quieto – Salmos 46:10;

Ø  Medite em um trecho da Palavra de DEUS, pois é por meio dela que podemos encontrar a quietude de nossa alma – “Em silêncio diante de Deus, minha alma espera, pois dele vem minha vitória” (Salmos 62:1 – NVT);

Ø  Ore de acordo com a vontade de DEUS, expressa em Sua Palavra – “Na presença dEle, temos confiança e liberdade para fazer nossos pedidos, de acordo com Sua vontade, na certeza de que Ele nos ouvirá. E, se temos essa certeza, sabemos que a resposta é garantida (I João 5:14 – A Mensagem);

Ø  Entregue seus pedidos a Ele – “Não vivam preocupados com coisa alguma; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez. (Filipenses 4:6);

Ø  Pela fé, agradeça até receber, segundo a Sua vontade – “Sejam gratos em todas as circunstâncias, pois essa é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (I Tessalonicenses 5:18);

Ø  Tendo recebido, seja eternamente grato.

Calvino, o reformador da igreja, afirmou: “Nós não temos a liberdade de clamar a DEUS para que siga a sugestão de nossa mente e vontade, mas precisamos busca-Lo somente da maneira como Ele nos convidou a nos aproximarmos dEle”. Mateus 6:6.

Lembremos que DEUS não está sentado em um teatro interessado em assistir nosso show que ora, apresentamos como sendo nossas orações. Ele está ao nosso lado, disposto a nos ouvir e responder.

Faz-se necessário agir com simplicidade!

 

 

REFERÊNCIAS

BÍBLIA NOVA VERSÃO TRANSFORMADORA. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvt/>. Acesso em: 18 jul. 2024.

PETERSON, Eugene H. A Mensagem|: Bíblia em Linguagem Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2014.

PARANAGUÁ, Glenio Fonseca. Aprendendo a Orar o Pai Nosso. Londrina: Editora IDE, 2021.



[1] Pastor. Instagram: @robinsonlaraujo

terça-feira, 25 de junho de 2024

O QUE A GRAÇA PROPORCIONA EM NOSSA VIDA E QUAL O SEU PODER?

 

O QUE A GRAÇA PROPORCIONA EM NOSSA VIDA E QUAL O SEU PODER?

Robinson L Araujo[1]

 

Que tipo de relacionamento o ato de receber e compartilhar a Graça pode proporcionar?

Antes mesmos de tentarmos responder, precisamos nos reportar a Palavra de DEUS, no livro de Ezequiel 36:26, que nos afirma: “Darei a vocês um coração novo, porei um novo espírito em vocês. Removerei o coração de pedra que têm e o trocarei por um coração que vive segundo a vontade de DEUS, não segundo a própria vontade”.

Ela pode proporcionar: perdão mútuo, entendimento, respeito, consideração, amor carinho e diálogo. Pode criar um ambiente de harmonia, com menos estresse e tensão.

Talvez você pergunte: estou tanto tempo na igreja, e vivo uma vida totalmente amargurada e, em muitos momentos, sem sentido, por quê?

O problema está justamente quando nossa fé em DEUS se torna “religiosa”, criando regras e regulamentos a serem seguidos à risca. Diante do contexto, raramente encontramos graça ou conforto em nossos relacionamentos, tanto interpessoal, quanto com as pessoas que nos cercam. Ao invés de andarmos na graça, sucumbimos a uma religião baseada em obras, concentrando-nos cada vez mais em nossos erros e nos defeitos dos outros.

Tenha em mente: a religião na qual não existe graça é um dos maiores engodos (ciladas, armadilha) de Satanás. O próprio Jesus, demostrado em Mateus 12:1-14 e 20:28, quando demostrou menosprezo pela religião e seus líderes porque eles punham as regras e os regulamentos acima das necessidades do povo. Ao contrário, Jesus deu prioridade a seu relacionamento com o Pai e pôs as necessidades do povo acima do legalismo criado pelos homens.

Desta forma, DEUS nos concede graça, nós a recebemos e devemos oferece-la aos outros.

Jesus Cristo deseja que sejamos um com Ele e com o Pai. Deseja que o amemos e amemos uns aos outros. Deseja que recebamos Sua graça e, por meio dEle, a ofereçamos a outros. Conforme João 17:21, quando afirma: “O alvo para todos eles é tornar-se um só coração e uma única mente. Assim como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu em Ti. Para que possam ser um só coração e uma única mente conosco”.

A graça, a nós concedida que, nos proporciona salvação, é a mesma graça capaz de preservar nossa família e todos os relacionamentos que tanto prezamos. É necessário que aprendamos a andar na graça que a nós está disponível em nossas intenções diárias.

A graça procura o que é bom nas pessoas, seus aspectos positivos e potenciais. Ela ainda alimenta o perdão. Alimentando o perdão, cabe a nós, não importando se a pessoa que devemos perdoar esteja morta ou viva é, por meio de Jesus Cristo que somos capazes de perdoar tantas e pessoas, como tantas vezes que forem necessárias. É a única possibilidade de nos libertarmos de um passado que ora acaba nos aprisionando, tirando a paz e nos afastando das pessoas.

Lembremos: A graça perdoa quando nos sentimos abandonados, violentados, agredidos verbalmente, perseguidos, desprezados, usados pelos outros e enganados. Quando uma pessoa não tem mais nada que lhe reste, nada a que se agarrar, quando se destruiu por dentro e por fora e provocou uma desordem na vida de pessoas queridas e amigos, há sempre alguém a quem ele pode clamar. A graça responderá quando o clamor for feito. A graça prevalecerá!

Memorizemos: “Porque pela sua graça é que somos salvos, por meio da fé que temos em Cristo. Portanto a salvação não é algo que se possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus” (Efésios 2:8 – O Livro).



[1] Pastor protestante – Instagran: @robinsonlaraujo

quinta-feira, 13 de junho de 2024

AMOR X MEDO

 



Robinson L Araujo[1]

 

Existe uma necessidade urgente de substituir o medo pelo amor. Vejamos as seguintes passagens: “Deus é amor. Quando passamos a habitar permanentemente no amor, vivendo uma vida de amor, vivemos em Deus e Deus vive em nós. Assim, o amor tem o controle da casa, fica à vontade e amadurece em nós, e não temos mais preocupação com o dia do juízo — nossa situação no mundo é idêntica à de Cristo. No amor, não há espaço para o medo. O amor amadurecido expulsa o medo. Considerando que o medo causa uma vida vacilante e cheia de temores — medo da morte, medo do julgamento —, podemos dizer que quem tem medo não está completamente aperfeiçoado no amor”. (I João 4:17-18)[2]. É possível compararmos outra tradução que afirma: “Onde há amor não há medo. Na verdade, o perfeito amor elimina toda a espécie de receio, porque o medo traz consigo a ideia de culpa, e mostra que não estamos absolutamente convencidos de que ele nos ama perfeitamente”. (I João 4:18)[3].

De onde muitas vezes surge o medo? Muitos acabam vindo de nossas conversas internas,  ou seja, nosso ‘diálogo interior’. É possível saber a importância e o impacto disso sobre nossa vida e medo? Isso porque esses pensamentos podem gerar duas situações: de forma positiva ou negativa.

É o diálogo interior que inicia e intensifica nossas emoções; dirige a maneira como nos comportamos com as outras pessoas; determina o que dizemos aos outros; nos mantém presos ao passado e acaba vindo a prejudicar o nosso futuro.

De repente, passo a me questionar: se DEUS é bom, por quê Ele permite passamos por tudo isso e, acabando ser levado pelo medo? É preciso entendermos que tudo começou com o advento da ‘queda’ do homem nas pessoas de Adão e Eva, quando deram ouvidos a Satanás e rebelaram-se contra o próprio DEUS e Seus planos para com o homem. A isso chamamos de Livre Arbítrio – poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações e o caminho que deseja seguir.

Em razão da queda, o pecado interferiu no relacionamento do homem com DEUS, onde a imperfeição acabou por entrar em nosso mundo, existindo e perpetuando em muitas áreas de nossa vida.

Na queda, também perdemos a perfeição ecológica natural. Tanto é, que estamos sofrendo com a natureza, pois o mundo natural perdeu seu equilíbrio, se manifestando em forma de terremotos, tempestades, inundações, tornados, erupções vulcânicas e assim por diante.

Também perdemos a nossa perfeição física. Passamos a ser vítimas de um conjunto de genes (é um segmento de uma molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) responsável pelas características herdadas geneticamente), que se torna cada vez mais imperfeitos, onde as deficiências passam de geração para geração.

Com a queda, perdemos:

·       A perfeição mental e, em lugar disso, adquirimos a tendência de termos pensamentos negativos ou destrutivos;

·       A perfeição emocional. Estamos desiquilibrados emocionalmente;

·       A perfeição racional. A sinceridade e a transparência que nossos pais Adão e Eva desfrutavam antes da queda, não existe mais;

·       A perfeição espiritual. A vida centralizada em DEUS foi substituída pela vida centralizada no “EU”.

A queda exerce influência em todos os aspectos de nossa conversação. Conversamos em nosso diálogo interno todos os dias e em todos os momentos. Isso é normal, não somos loucos. O que temos para definir é qual o tipo de diálogo que estou tendo. Devemos escolher mais o que é positivo, deixando o negativo nas mãos do Senhor: “Abandonem-Lhe toda vossa ansiedade, porque Ele cuida de você”. (I Pedro 5:7)[4].



[1] Pastor Protestante – Instagram: @robinsonlaraujo

[2] Bíblia A Mensagem

[3] O Livro

[4] O Livro